1. Importância histórica do DMS/UFPEL na construção do SUS
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha proferiu a aula inaugural do Curso de Especialização em Saúde da Família – EAD-UFPEL/UNASUS, no dia 20 de maio. Traçando um paralelo entre a história do SUS e o momento brasileiro atual, o Ministro ressaltou a importância do Departamento de Medicina Social/UFPEL e seus professores, Roberto Piccini e Luiz Augusto Facchini, na construção do novo modelo de saúde brasileiro.
2. Dissociação entre currículo médico e a realidade atendida em uma UBS
Rememorando a criação do SUS, o Ministro comentou a distância entre o currículo acadêmico e a realidade que os jovens profissionais encontravam quando começavam a interagir com seus pacientes. Nas palavras do Ministro: “…o SUS começava a criar espaços, possibilidades tão fantásticas e criativas para cuidar, mudar a vida das pessoas… intervir naquilo que é promoção, nos hábitos de vida e a escola médica não havia nos preparado para isto. A escola médica propunha um trabalho isolado do profissional de saúde, dissociado da realidade das pessoas que se ia atender naqueles núcleos em que o sistema de saúde começava a se organizar.” O Ministro comentou que os alunos do curso também devem estar enfrentando ou vão enfrentar esta mesma situação em suas UBSs.
Aula do Ministro Padilha abre Curso de Especialização em Saúde da Família em Pelotas
1. Importância histórica do DMS/UFPEL na construção do SUS
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha proferiu a aula inaugural do Curso de Especialização em Saúde da Família – EAD-UFPEL/UNASUS, no dia 20 de maio. Traçando um paralelo entre a história do SUS e o momento brasileiro atual, o Ministro ressaltou a importância do Departamento de Medicina Social/UFPEL e seus professores, Roberto Piccini e Luiz Augusto Facchini, na construção do novo modelo de saúde brasileiro.
2. Dissociação entre currículo médico e a realidade atendida em uma UBS
Rememorando a criação do SUS, o Ministro comentou a distância entre o currículo acadêmico e a realidade que os jovens profissionais encontravam quando começavam a interagir com seus pacientes. Nas palavras do Ministro: “…o SUS começava a criar espaços, possibilidades tão fantásticas e criativas para cuidar, mudar a vida das pessoas… intervir naquilo que é promoção, nos hábitos de vida e a escola médica não havia nos preparado para isto. A escola médica propunha um trabalho isolado do profissional de saúde, dissociado da realidade das pessoas que se ia atender naqueles núcleos em que o sistema de saúde começava a se organizar.” O Ministro comentou que os alunos do curso também devem estar enfrentando ou vão enfrentar esta mesma situação em suas UBSs.
3. Importância do ensino em serviço
Com o surgimento do SUS surgiu também o desejo de mudar os cursos da área da saúde. A proposta deste curso de formação em serviço, a inserção de equipes ao invés de indivíduos, a interação totalmente online e assincrônica para que o profissional se mantenha na sua UBS e focada na realidade da UBS do profissional atende a ideia, que já era parte do sonho há 20 anos, de colocar o aprendizado onde acontece o cuidado, permitindo a troca de experiências entre a academia e o profissional da linha de frente. Entusiasmado com nosso curso, o Ministro diz que as pessoas preparem-se para sair do curso, além de especialistas em saúde da família, transformadas pela experiência de atuação e aprendizagem em equipe multiprofissional.
4. Mudanças no Brasil: situações tradicionais e novas e papel da UBS
Os profissionais que estão iniciando o processo de formação têm que se preparar para lidar com um Brasil diferente, tem que se preparar para lidar com os problemas comuns, tradicionais, de saúde da população, mas também tem que se preparar para problemas novos para os quais a escola médica não preparou. Por isso a importância de que o curso seja interativo, para que seja ouvido o pessoal da ponta, e este curso será. Mudou o padrão demográfico brasileiro com o envelhecimento da população trazendo novos problemas de saúde, como demência e/ou associação entre demência e depressão, obesidade, danos à saúde resultantes de acidentes de trânsito. A área da saúde tanto pode ajudar no enfrentamento destes problemas através da informação qualificada, pois muitas vezes a porta de entrada são as unidades de atendimento de emergência, como a UBS pode e deve ter papel central no trabalho com a comunidade em relação a hábitos, organização familiar, mudanças de vida. Os problemas tradicionais do Brasil são ligados a questões sociais e é preciso que o serviço se organize para lidar com isto. A UBS deve ser o espaço que oportunize outras formas de convivência social, “a saúde é também espaço de construção da felicidade”. A Estratégia de Saúde da Família tem muitos desafios a enfrentar: melhoramos em mortalidade infantil, mas ainda estamos longe dos números ideais; conseguimos reduzir a transmissão vertical do HIV, no entanto, não conseguimos reduzir os casos de sífilis congênita e é na UBS que isto pode ser resolvido, é decisão do médico da UBS fazer a sorologia ou não. A taxa de tratamento conclusivo de tuberculose ainda é muito baixa e isto tem que ser resolvido na UBS. A dengue tem que ser resolvida ao nível da UBS, tem que envolver a família, as igrejas, as instituições da comunidade. Quem vai fazer saúde da família tem que conviver com estas duas realidades.
5. Incentivo de qualidade à Estratégia de Saúde da Família
A Estratégia de Saúde da Família é um programa único no mundo. O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que se propõe a dar cobertura de saúde universal. Este programa cobre 100 milhões de pessoas e é estratégico para o sucesso de qualquer política de Atenção Primária à Saúde no Brasil, por isso o Ministério da Saúde criou o Programa de Qualidade no Saúde da Família. O Ministério se propõe a dobrar o repasse para a Estratégia de Saúde da Família desde que o conjunto de indicadores de qualidade que serão acompanhados sejam cumpridos. “Quem fizer mais e melhor vai receber mais recursos, vai ser premiado por fazer mais e melhor”.